Pandora

Novo vício. Ainda no princípio.

Gosto desta ideia de eternizar pedacinhos significantes.

nos por ca

Ca por casa teve inicio a epoca balnear que para nos e sinonimo de pura loucura.

O pai de um lado para o outro { madrid, chile, bolivia, madrid em 4 dias }

Eu a tentar conciliar voos, folgas e Mada.

A Mada a apreciar isto tudo. Segundo a pediatra ' nao vejo razao para que este estilo de vida a afecte ate porque ela nao conhece outro, nao e?' E depois a pergunta malvada 'entao e a avo?'. Eu nao respondi por nao saber o que responder, mas a dr continuou 'a avo e a figura de referencia no que toca a seguranca'. Eu engoli em seco. Sei que sem a minha mae nao seria possivel, mas confesso que senti aquela pontada feia chamada ciume por ser ela, e nao eu, a tal figura. Tirando este pequeno dialogo a consulta dos 18 meses foi todo um mar de rosas para mim. 'Uma maravilha, muito inteligente' a nossa Mada nas palavras da pediatra. Altura, peso, dentes e alimentacao tambem tudo ok.

Da infeccao urinaria nem sinal. Analises tambem ok. Vamos partir para a vacina e esperar que funcione.

O computador ja viu mellhores dias. Acentos nem ve-los.


Isto deixou-me a pensar.

Nao que me toque de forma pessoal, mas por ela ser uma figura proxima em idade, em filhos, em vida. Faz medo.

!?!?

Depois de um shot de água a empurrar uma tonelada de remédios, vou voltar para o sofá com o saco de água quente. Expliquem-me como se cura uma infecção urinária que aparece e desaparece há já quatro meses?!

Socorro! Hoje não é um bom dia. Socorro!

Tanta coisa para fazer [arrumações, ginásio, brincadeiras, costura] e eu assim. Socorro!

Já tomei vários antibióticos e nada. Agora furadantina.

Uma mezinha caseira, alguém sabe?

Mundo

'Se não levarmos a poesia e a beleza connosco, é inútil percorrermos o mundo.
Em nenhum lugar as encontraremos.'

by Ralph Waldo Emerson

mundo

I wonder why

O último foi dos posts que mais palavras suscitou por aqui.

Faz sentido. O medo que me bateu não tem nada a ver com as minhas escolhas ou o meu trabalho. É um medo de mãe. Igual ao vosso.

Legítimo porque somos nós as guardiãs do templo que são os nossos filhos.

Legítimo querermos estar sempre aqui para eles. De braços abertos.

Do tempo

Ainda antes deste tempo horrível se voltar a instalar andámos a passear. Fomos à praia molhar os pés e correr na areia. A areia não a incomoda [até a provou], nem a àgua fria nos pés a faz sentir desconfortável. Fala com toda a gente e não hesita em correr atrás das bolas das outras crianças. Vive e experimenta sem receios desde que os meus braços estejam por perto para poder correr para eles.

Depois o tempo mudou. Andei por aí aos trambolhões no céu agitado dos últimos dias. Aterrei no Funchal quando os outros voltavam para trás e em Lisboa no meio de uma trovoada darwiniana. E dei por mim a pensar "e se os meus braços desaparecerem e a Mada não tiver para onde correr?" E tive medo. Um medo que não tem nada a ver com turbulência ou ventos cruzados. Medo de não estar aqui para ela. E agora que senti este medo não sei como o vou resolver. Não sei onde o arrumar dentro de mim. Mais um.

Assistentes de bordo

Ainda que a maior parte dos passageiros sonhe com uma companhia aérea assim , normalmente acabam por voar num ambiente mais deste género.

E já é uma sorte se não apanharem uma assistente destas ... amorosa.