Mundo

Não podemos ser pais só no amor, na papa, no colo, na escola, no mimo.
Temos que o ser também na cidadania.
Temos que criar cidadãos para o mundo.
Temos que contribuir para deixar um mundo com a nossa marca aos nossos filhos, sobrinhos, amigos... a todos.

Leiam, por favor, esta petição e mais esta.

Assinem se acharem que vale a pena sonhar um mundo mais saudável e mais justo.

O gato e a ausência

Muito me tem atormentado a questão de trazer, ou não, presentes para a Mada no meu regresso. Já perguntei, argumentei, deliberei e ainda não cheguei à resposta. A mais ponderada (e vencedora pelo lado da racionalidade) é pontualmente, de vez em quando e tal.

Se ao menos eu fosse sempre racional nas minhas escolhas.

É que a culpa da ausência pesa e é muito fácil atenuá-la com um pacotinho dado à chegada. Parece que assim fica tudo como devia estar. Mas não fica. Não quero trocar um abraço por um saco. Agora tudo isto ainda parece descabido "ela é muito pequena para perceber essas coisas" mas acredito, firmemente, que o futuro começa agora.

Assim, agora, deixo o mimo à saída. E vou à espera de um abraço sentido à chegada. Porque só assim suporto estar longe. O tempo todo na ânsia de voltar.

O gato da Madalena by me. Miau.

Voltei só para acrescentar uma coisa...não me apetece nada ir. Nada. A mala ainda por fazer e eu queria ficar aqui a ler blogs e a comer bolachas. Bah.

Praia

Já tem um dente de cima de fora. E fomos passear à praia. Ficou fascinada com os sapatos e a água. E aprendeu a sacudir a areia das mãos.

Outra das partes boas do meu trabalho: dias de semana como se fossem fim-de-semana.

Caí

Caí mesmo! Toda junta, redonda, no meio do chão! E já andava a precisar de cair, mais que não fosse pelo que me ri.
Ri até às lágrimas e os colegas a perguntarem "magoaste-te? não chores!" e eu a rir, a rir, que nem uma doida! Depois de me levantarem (cavalheiros), segui caminho e continuei a rir. E ainda me ri mais quando um colega me perguntou assim a medo "estás com vergonha? por teres caído?"
Ri. Ri. Porque se há coisa que não consigo evitar é rir quando alguém cai (inclusive eu!)
E quanto à vergonha... não tenho!
Vergonha é não sabermos rir de nós próprios.
As gargalhadas que dei souberam-me pela vida.
Rio, rio, rio

Rio p'ra não chorar

Porque quando choro, sorrio, a cantar.

Para além de cair, comi quatro destes. Não gosto de donuts, mas estes...
Graças a Deus que este é um franchising ainda longe de Portugal.

Oposição

Por oposição ao último post... Um dia (bem) passado em Amesterdão.

Uma cidade estranha. Plana para andar muito. A pé (no meu caso) e de bicicleta (o caso dos locais). Estranha pelos contrastes. Muita arte e flores.

E depois sexo com direito a montras. Organizado e limpo, mas estranho. Aquelas mulheres em pequenas vitrines pareceu-me eficiente, mas degradante, logo estranho.

Valeu pelo dia inteiro de passeio e pelo tecto do mercado das flores.

Por cá ficou a Mada que no outro dia quando acordou, e me viu ao lado, soltou um muito espantado ah! Agora que (finalmente) já temos mais dentes a espreitar sinto-me mais tranquila. E, curiosamente, ela também. Dorme bem. Come bem. Anda muito e fala ainda mais.

E anda fascinada com o dó. O dó é o piano e surgiu do dó-ré-mi ensinado pela tia-avó Filomena. Faz mais barulho que música, mas é um gosto vê-la a cantar enquanto martela o piano.

Passeios

"Ah, que sorte. Farta-se de passear."

É por aqui, normalmente, que começa a conversa quando alguém descobre a minha profissão. E eu a tentar partir dali e explicar que não, que não é bem assim, mas não. Desisto. Acabo sempre a dizer que sim, que é giro. E é. Tem dias. Uns dias são de passeio. A maioria são assim.

"Ah, Roma! Gostava tanto de conhecer!"

"A sério?! Olhe, também eu. Fartei-me de trabalhar até lá chegar e quando lá cheguei só vi a cama à minha frente porque no outro dia me vinha embora às três da manhã!"

Isto era o que eu queria responder mas não respondi. Disse que sim, que devia lá ir um dia, que era lindo. Sorri e vim para casa. A minha casa é muito mais linda que Roma... acho eu, que me farto de passear, mas que de Roma só conheço o quarto do hotel.