Começou para contar por onde andávamos quando andávamos perdidos pelo mundo. Agora conta os passos da viagem mais importante. Para ela depois também voar connosco.

2007-12-31

Novo Ano Novo

Numa altura que se quer de balanço do ano que passou, nem sei por onde começar a fazer as minhas contas.

Se olhar para trás, sei que cresci como mãe ao ver a minha filha crescer, mas também sei que amarguei ao voltar a este trabalho com asas. Se olhar para a frente, sei que vou descansar por não ter que pensar se lhe posso dar, mas também sei que vivo sempre na ansiedade constante de não estar naquele momento.

Vivo a pensar se ela algum dia vai entender o que é ser mulher/mãe/trabalhadora/dona-de-casa/amiga nesta vida que hoje temos. O meu pensamento anda por este compasso e neste momento a vira gira por aí.

Pensei terminar o blog. Gerir melhor o tempo. Depois pensei que o tempo que aqui passo também é para ela. Para um dia ela compreender.

Sou (e sempre fui) má a matemática por isso não sei dizer com exactidão o balanço do ano que passou. Sou melhor com as letras, mas abomino resoluções.

Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para distinguir umas das outras.

Venha 2008 para ser descoberto, envolvido, amado, resolvido, odiado, remexido...vivido.
Feliz 2008!

Leiam aqui um poema inspirador para o novo ano. Escrito por um génio maior e transcrito por uma menina catita.

2007-12-30

Mão Natal

Este ano o espírito de Natal passou por mim sem me tocar. Não fui uma Mãe Natal.
Uma infecção urinária antes, a noite de natal sozinha num quarto de hotel e a maldita virose que aí anda agora impediram que qualquer pozinho de Natal me borrifasse.

A única coisa que me tocou foram as mãozinhas no ar da minha Mada a dançar ao som da música da sua mala super fashion da
chicco. Está tão fofucha! Sem dentes (ainda só tem dois e os outros teimam em não aparecer) mas linda, linda!


Aqui ficam as mãos para vos alegrar também.

Feliz Natal atrasado!

2007-12-07

| Time | Tempo | Temp | Tiempo |

O tempo pergunta ao tempo quanto tempo o tempo tem.
A Sofia responde ao tempo que não tem tempo para nada, nem ninguém.

Neste mês e meio que termina para a semana ganho, se tudo correr bem, uma nova perspectiva de vida, mas tenho perdido tanto.
Perdi telefonemas, palavras, companhia, aniversários, jantares, vida.
Perdi momentos que não voltam.
E estou exausta, sugada de qualquer coisa boa que havia em mim. Contaminada.

Espero voltar a mim em breve.
Enquanto não volto, mas já me vislumbro, peço desculpa pela ausência.

Lamento a ausência real.
Os anos da Carla que me esqueci, as palavras que não troquei com a Katila, o apoio que não dei à Que, as conversas que não tive com a Raquel, os telefonemas que não atendi a tanta gente. Lamento. Hei-de voltar a mim.