ópera-s.carlos-dentes

Fomos à ópera.
Não fomos por sermos pseudo-qualquer coisa (intelectuais/ricos/tios/artistas/bem) mas havia lá muitos.
Fomos. A irmã do R dançava e nós fomos ver.

Maria de Buenos Aires, uma ópera-tango de Piazzola. Valeu a pena só pela música e pela dança. A nossa Maria não tem alma, nem voz. Dos bailarinos não posso deixar aqui nada a não ser o elogio. Da música fica o trabalho original do quinteto El Despues que podem ouvir aqui.
Foi bom ver uma sala cheia, acanhada nos aplausos, onde o bandoneon me fez vibrar. Nunca tinha ouvido ao vivo. Fez-me desejar Buenos Aires, tangos e rosas vermelhas. Mas depois voltei.

E estava num maravilhoso teatro em Lisboa e lembrei-me logo do Eça. Estávamos ali os dois no S. Carlos. Só faltavam os Cohen, a Condessa de Gouvarinho e o Ega. Como eles não chegaram, eu voltei.

E estava em casa. A olhar para uma menina linda, sem febre, já com a ponta de um dentinho de fora e a brilhar de alegria quando saltou do colo da avó para o nosso.

Obrigada por todas as melhoras que lhe desejaram. Melhorou!